quinta-feira, 30 de junho de 2011

INTERNA SABEDORIA

Um dia de sol e um dia de chuva
Uma hora é claro e outro noite escura
Às vezes tudo parece ser
Outras na verdade deixa apenas transparecer

Se for verdade ou mentira não sabe explicar
Eu acredito que depois do escuro vem o luar
Pois se desistir não saberá onde vai dar
Apenas vai ser um passo de um longo caminhar

Tantas respostas para uma só pergunta
E muitas perguntas para uma só resposta
Perguntamos para onde devemos caminhar
Mas pisamos sem ao menos para chão olhar

Sabemos as respostas e a escondemos de nos mesmos
Às vezes para nos iludir ou adiar o caminho que já sabemos
Somos os erros e os acertos que decidimos
E a cada decisão vivemos a resposta que já sabíamos.

ANDERSON SILVEIRA LOPES
ESCONDERIJO

Ser o bom ou o carrasco
Ser a vida perfeita sem nenhum fiasco
Viver como um bom samaritano igual “gente”
Morrer mendigando como um indigente

Saber fazer o certo e olhar para o errado
Correr perto do fim em meio ao cerrado
Dormir em uma terra Arida sem vida
Comer capim no mato embaixo de uma cerca – viva

Uma vida de dificuldade e outra de maldade
Um homem bom que sonha com a verdade
Um povo sofrido que espera liberdade
E alguns se acham lideres e que delegam piedade

Às vezes muito fácil ser o bonzinho escrupuloso
Mas conviver com a consciência é doloroso
Esconder a mentira da verdade que inibe sofrimento
Do homem ardiloso e mentiroso que não tem discernimento.

ANDERSON SILVEIRA LOPES

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O FINAL DE QUEM NÃO TEVE UM COMEÇO

Agora meus olhos fechados
E meu corpo cansado
Olho para os lados e não me vejo
Fechar os olhos é meu único desejo

Minhas pernas não resistem mais
E meu coração não sabe o que faz
O ar que eu respiro se tornou pesado
Para um pulmão que já se encontra cansado

Minhas mãos tremulam em desespero
E minhas lagrimas vão em direção ao derradeiro
Em meus lábios palavras não se escutam mais
E lembranças devem ser deixadas para traz

Desculpas adiantariam se não fosse tarde demais
E tudo que fiz e quero já não diferença faz
Um último suspiro ou a ultima palavra
Uma decisão difícil para quem já não decide mais.

ANDERSON SILVEIRA LOPES

domingo, 26 de junho de 2011

VIVER A FELICIDADE

Um dia eu escrevo de amor
Perdido do que seria, incubo a dor
Mas esse sentimento não pode ser assim
Pois se gosto de você, assim deve ser de mim

Nessas escritas me perco e imagino
Sobrecarrego o meu ser inimigo
Para perceber que sem um e outro não vivo
Ou para fazer os dois virarem íntimos amigos

Unidos em uma só pessoa escrevo
E em palavras e frases descrevo
O que penso em imaginar
Que para viver, basta amar

Às vezes amamos quem nos quer por piedade
E outras deixamos as que nos amava de verdade
Erramos e acertamos vivemos para entender
Que para viver a felicidade não basta entender tem que viver.

ANDERSON SILVEIRA LOPES

sábado, 25 de junho de 2011

SOLUÇÃO

Às vezes não entendo o que escrevo
Nem como continuo lendo
Simplesmente desnudo as palavras
Que por essas frases se arrastam

Sei que às vezes elas não precisam rimar
Mas parece que fogem do sentido de criar
Elas surgem em meu pensamento inospitamente
E vão se espalhando em letras rapidamente

Às vezes me fazem ler e suspirar
E outras rir e chorar
Uma viajem sem volta
Que às vezes contra mim se revolta
                                                            
Escrever é um desejo sem solução
Faz em devaneios surgir o que pede o coração
Para um pode ser o pedaço que faltou
Para outro o que de um sentimento sobrou.

ANDERSON SILVEIRA LOPES


sexta-feira, 24 de junho de 2011

FACES DO AMOR

Qual tipo de amor gostaria de ter
Alguém que te faz sorrir ou que gostasse de ver
Um forte, implacável e rústico
Ou frágil, meigo e místico

O que faria para conquistá-lo
Seria e faria as suas vontades para amá-lo
Ou apenas deixaria tudo acontecer
Independente de te fazer sofrer

E quando com ele estivesse
Seria perfeito ou apenas uma veste
Com uma delicada cor viva ou morta 
Que de vez enquanto não satisfeito troca


Crie,pense, planeje, faça, mas não esqueça
Que nunca é perfeito por mais que pareça
O amor é uma incógnita indecifrável
Onde até o mais sábio se torna incontrolável.

ANDERSON SILVEIRA LOPES

segunda-feira, 20 de junho de 2011

AINDA HÁ TEMPO DE AGRADECER

Vim te agradecer por tudo que tenho
Pelos dias que passei e até os que me arrependo
Dizer-te que cada passo foi ao teu lado
Até quando já não havia te avistado

Tuas palavras foram anônimas a cada instante
E tuas ações foram muito importantes
Sem ti não saberia como me erguer
E teus conselhos jamais irei esquecer

Sou o sul sem norte sem tuas palavras
Sou um homem perdido em florestas escandinavas
Guia-me quando estou sem caminho
E me faz como pássaro retornar ao ninho

Embora minhas palavras ainda não agradeçam o suficiente
Estas em todas as ações e momento em minha mente
Meu esforço em tudo é o seu reflexo e sua conquista
E meu caminho é longo ele começa quando termina.

ANDERSON SILVEIRA LOPES

domingo, 19 de junho de 2011

SOU EU EM VOCÊ

Sou um vento em indecisão
Sou uma chuva rápida de verão
Sou a terra que você pisa
Sou a memória que sua mente reprisa

Sou a gota que cai em seus lábios
Sou a onda que reflete em seus olhos
Sou a beleza que você enxerga na lua
Sou o desejo que você pensa ser sua

Sou a flor que desabrocha ao seu olhar
Sou a brisa que desliza no ar
Sou a fonte que faz você suspirar
Sou o desejo que te faz desejar

Sou tudo e o nada quando o assunto é você
Sou a chuva que faz em seu corpo escorrer
Sou a paixão que você não consegue esquecer
Sou imagem que mesmo de olhos fechados você consegue ver.

ANDERSON SILVEIRA LOPES

quinta-feira, 16 de junho de 2011

 SONHO

Sonho uma hipótese de acontecimento cerebral
Que envolve os momentos e confunde-se com o real
Uma magnitude de processos vividos
De sentimentos do subconsciente extraídos

Uma síntese clara de algo inexplicável
Mas em nossas vidas aplicável
Pois não sonhamos por que dormimos
E sim porque sentimos o que tanto queríamos

É trazer tudo para vida e despertar
É fazer o que sempre desejou e se realizar
É uma teoria sem um sentido claro
Pois é o que faz cada momento se tornar raro

Envolve-nos para fazer acontecer
Faz-nos por ele viver ou morrer
Sem ele nada tem sentindo é o agora o antes e o depois
É o que faz o "um "sozinho encontrar mais "um" e formar dois.

ANDERSON SILVEIRA LOPES

segunda-feira, 13 de junho de 2011


A PONTE


Uma hora te amo e outra te odeio
Gosto dos teus beijos e te desejo
E de repente tudo desisto em devaneio
Volto e me revolto com o que vejo

Vejo-me entre uma ponte larga e estreita
Onde ambas seria a travessia perfeita
Mas ao me encontrar sobre elas tudo é inseguro
E então me fixo em um lugar somente para ficar seguro

E bem no meio dessa ponte eu penso
Volto para onde estava e remeço?
Ou paro e penso em algo para continuar
E vou arriscando a única coisa que tenho para dar

Amar é indecisões dentro de decisões
Onde entender é um jogo de duas relações
Amar e ser correspondido nas suas expectativas
Entender e ser compreensível mesmo nas despedidas.

ANDERSON SILVEIRA LOPES

domingo, 12 de junho de 2011

TUDO FAZ SENTIDO

Entre uma musica e outra meus pensamentos voam
Vão de lugar a lugar e pelas terras e mares mergulham
Tudo é capaz de acontecer e favorecer
Pensamentos claros na calma do amanhecer

E na calma tudo parece fazer sentido
O que antes era erro agora não é mais martírio
É a conexão que faltava da razão e o coração
Era a parte que faltava para entender a resolução

O encaixe perfeito do tabuleiro quebrado
O vidro estilhaçado e agora restaurado
O tempo exato para entender a causa
O fato implícito para esquecer a pausa

Neste momento percebemos a continuidade
O que antes era tristeza agora é felicidade
Tudo acontece na hora que tem que acontecer
Mas é exatamente na calma que se faz entender.

ANDERSON SILVEIRA LOPES
DECEPÇÃO

Um dia eu sou um e outro dia sou outro
Não me conheço e às vezes de mim me escondo
Lembro dos teus olhares e seus carinhos
Esqueço de mim e lembro-me do que sentimos

Não sei o que fiz para desmerecer um sentimento
Que implorava e planejava em vários momentos
Será que não notei que seu olhar por mim se apagou
Pois quando menos imaginei tudo acabou

Caminho e corro atrás de algo que não sei
Mas ainda lembro-me de tudo que imaginei
Foi algo que de olhos fixados em seu amor
Não imaginaria que viria de você a dor

Levantar-me não foi o mais difícil
E sim permanecer em pé é um sacrifício
Ergo-me hoje para implorar pela uma vida
Que com uma lança que atravessou o peito foi ferida

ANDERSON SILVEIRA LOPES

sábado, 11 de junho de 2011

QUANDO A MORTE CHEGA


Enquanto meus olhos se fechavam
Meus lábios a chamavam
E no âmbito de gritar
As mordaças me impediam de chamar

Trancado o que meu peito queria
Minha voz cada vez mais impedia
E a luta que tanto travava
Era o que um e outro relutava

E não sabendo o que fazer
O cansaço desfragmentava o meu ser
E uma melodia que escutava
Era aproximação do que tanto esperava

Ele então estende a mão ao meu lado
E tudo acontece como o desejado
Levanto-me e ao levantar-se olho para baixo
Vejo a mim mesmo no chão deitado

ANDERSON SILVEIRA LOPES

VIVER PARA AMAR

Amar sereno como a brisa que a noite cai
Sendo compreensível no ímpeto que se sobressai
Nas dificuldades do entendimento
Aflora o que de mais lindo há de sentimento

Nem o mais negro dia fará se esconder
E a mais bela luz que foi te conhecer
Somente na direção que fez entender
Que é o que vale apena sofrer para viver

Em algumas vezes ele dilacera
Em outras ele o coração acelera
Mas quem seria o corajoso que não viveria
E quem por uma vez experimentar não queria

Decisões muito difíceis para um só coração
Se viver é sofrer, sofro por que amo a razão
Mas prefiro perder a razão para o coração
Quando escolher você é a principal decisão.

ANDERSON SILVEIRA LOPES

quinta-feira, 9 de junho de 2011

UM DIA

Um dia eu escrevo outro dia penso
Um dia eu esqueço e outro dispenso
Às vezes sou a razão e outro a emoção
No outro não sou mais nada apenas uma ilusão

Um dia tenho respostas e o outro as perguntas
Às vezes esqueço os dias e outros a permuta
Tento ser decidido mais sou indeciso
Acabo de fazer tudo mais não sou preciso

Corro e acabo sempre caminhando
Descubro que correr acaba não adiantando
Às vezes chego na hora outra me atrasando
Penso estar acordado, mas estou sonhando

Nas duvidas das incertezas
Sou um plebeu em meio à realeza
Imaginando sempre ter a certeza
Encubro a duvida para esconder a tristeza.

ANDERSON SILVEIRA LOPES
MEDO

No silêncio das perguntas eu me escondo
Fico mudo ao ouvir um estrondo
Meus olhos fechados e o corpo encolhido
Feito rato em um canto escondido

A coragem já não corre em minhas veias
E a escuridão é o que serve de dúvidas alheias
Com a cabeça baixa e a pele gelada
Minha face se encontra desfigurada

O medo que aos poucos me aflige
É mesmo que minha imagem denigre
A sustentação agora apenas é do peso
Dos milhares de situações que penso

Agora apenas uma decisão
Erguer a cabeça ou morrer do coração
A escolha é sua viver uma ilusão
Ou levantar-se e jogar-se a emoção.

ANDERSON SILVEIRA LOPES

quarta-feira, 8 de junho de 2011


PEDAÇOS DE SENTIMENTO

Se um dia minhas lagrimas caírem
Lembre-se que foi ao ver nossos corações se partirem
A distância que fiquei somente um tempo
Não omitiu o que demonstrei em sentimento

Um sofrimento repentino que se acomodou
Ficando dormindo um tempo e acordou
Com uma força que jamais imaginaria
Dilacerou o que pensei que ninguém conseguiria

Levantar-se em meio à tempestade
Foi o que demonstrou ter força de verdade
Mas não impediu que a tristeza permanecesse
Encravada no peito e não deixou que renascesse

Agora meus olhos estão fechados
E meus lábios que tremulam amordaçados
Em meu corpo só restam alguns estilhaços
De pequenos sentimentos aqui contados.

ANDERSON SILVEIRA LOPES

terça-feira, 7 de junho de 2011

ARTE de ESCREVER


A arter de escrever é extrair um olhar do paraíso
Fazer de minhas letras um momento de sorriso
Caminhar por frases sobre a face da felicidade
E ao ler ver o perplexo do entendimento da verdade

Digitamos algo que subtraia um flash do primeiro momento
Datilografamos o presente no passado do esquecimento
Lapidamos a pré historia de pedras em ferro e fogo
E fazemos de nossas palavras ficarem inerte em um jogo

Ser um ser, não necessariamente poderia ser
Mas escreveríamos historias sem mesmo viver
Por que escrever não é somente uma arte
Mas a maneira de se expressar e se mover

Se mover pelo tempo que ninguém perdoa
Viver histórias e entender o presente que hoje atordoa
Caminhar por pensamentos em torno do planeta
Livre no espaço, mas fixo para ser visto e adorado igual a uma estrela

ANDERSON SILVEIRA LOPES

quarta-feira, 1 de junho de 2011

ERRO

Um erro pode ser duas vezes cometido
Mas da verdade jamais escondido
Podemos vive-lo e ser mascarado
Através de pensamentos obcecados

Não podemos julgar as formas acontecidas
Pois elas acontecem e são distorcidas
Queremos que seja a verdadeira verdade
Mas são erros que se esconde da piedade

Sabemos que erramos e escondemos
Às vezes dos outros outras de nos mesmos
Vivemos uma mentira até não agüentar mais
Para fugir da tristeza que está logo atrás

Corremos do que não podemos fugir
E sabemos qual o caminho seguir
Justificar um erro com outro erro e não ser capaz
De encarar um erro com a frase:- Não quero mais!

ANDERSON SILVEIRA LOPES

NÃO DEIXO VOCÊ PARTIR As vezes não sei o que faço e também não sei o que fazer Queria correr até seus braços e nos seus braços adorm...