SANGUE
Imagem da ignorância que escorre
Entre pedras não caminha e sim corre
Vendo a cor que em pedras se guia
O perplexo toma conta de quem à vigia
O paradisíaco da imagem que a cega
E torna os membros do corpo uma ameba
Que se movimenta por osmose
E as torna previsível igual a uma hipnose
Em olhares desencontrados o pavor
De ver nos olhos o reflexo da dor
Onde o fazer é nada a fazer
Esperar, rezar, refletir e em algo crer
Tudo e o nada se misturam em um só lugar
E respostas é o que deseja em segundos encontrar
Pois um segundo parece horas intermináveis
De olhares que se cruzam e respostas variáveis
ANDERSON SILVEIRA LOPES