quinta-feira, 9 de junho de 2011

MEDO

No silêncio das perguntas eu me escondo
Fico mudo ao ouvir um estrondo
Meus olhos fechados e o corpo encolhido
Feito rato em um canto escondido

A coragem já não corre em minhas veias
E a escuridão é o que serve de dúvidas alheias
Com a cabeça baixa e a pele gelada
Minha face se encontra desfigurada

O medo que aos poucos me aflige
É mesmo que minha imagem denigre
A sustentação agora apenas é do peso
Dos milhares de situações que penso

Agora apenas uma decisão
Erguer a cabeça ou morrer do coração
A escolha é sua viver uma ilusão
Ou levantar-se e jogar-se a emoção.

ANDERSON SILVEIRA LOPES

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