quarta-feira, 28 de setembro de 2011

SANGUE

Imagem da ignorância que escorre
Entre pedras não caminha e sim corre
Vendo a cor que em pedras se guia
O perplexo toma conta de quem à vigia

O paradisíaco da imagem que a cega
E torna os membros do corpo uma ameba
Que se movimenta por osmose
E as torna previsível igual a uma hipnose

Em olhares desencontrados o pavor
De ver nos olhos o reflexo da dor
Onde o fazer é nada a fazer
Esperar, rezar, refletir e em algo crer


Tudo e o nada se misturam em um só lugar
E respostas é o que deseja em segundos encontrar
Pois um segundo parece horas intermináveis
De olhares que se cruzam e respostas variáveis

ANDERSON SILVEIRA LOPES

terça-feira, 27 de setembro de 2011

QUANTAS VEZES

Quantas vezes você consegue dizer o que quer
Subir crescer demonstrar que é capaz de se erguer
Quantas vezes você é capaz de falar, gritar e sonhar
E provar que um sonho é possível de se realizar

Quantas vezes você conseguiria cair e levantar
Enxugar as lagrimas e começar sorrir e cantar
Quantas vezes você ouviria uma musica e dançaria
Sem que imaginasse que alguém se importaria

Quantas vezes você diria que um erro valeu à pena
Que se pudesse voltar assistiria como uma cena
Quantas vezes você disse algo a alguém
Que fizesse se sentir importante e não um João ninguém

Somos feitos de decisões e caminhos desencontrados
De pessoas que se encontram e se tornam encorajados
Decidimo-nos o caminho que queremos seguir e encontrar
Lembre-se apenas você é a resposta de onde deseja estar.

ANDERSON SILVEIRA LOPES

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

DIFERENÇA DO ESCRITOR

Sabe qual a diferença de uma pessoa normal e um escritor?
Ele sonha e vive em escritas e atua como um ator
Recria diversas situações e escreve sem se opor
Desnuda os pensamentos sem nenhum rancor

Às vezes nos perdemos nas próprias palavras
E nos achamos por outras ditadas e faladas
Gritamos em silêncios como um enterro ecumênico
Olhamos o passado recriamos o futuro como um gênio

Somos iguais em carne e osso
Mas interinamente diferente conosco
Dilaceramos parte a parte em minuciosos detalhes
Como um câncer que se espalha em pequenas metástases

Você tentará entender o que jamais vai compreender
É olhar o universo e se perguntar como se fez nascer
Incógnita jamais decifrável de pensamentos incontroláveis
De pessoas que a cada segundo se torna inimagináveis.

ANDERSON SILVEIRA LOPES

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

NO DELEITAR DO TEU CORPO

Enquanto molho teus lábios com os meus
Sinto o fervor do pulsar de meu coração no seu
Ao sentir minhas mãos na tua face macia
Em meus pensamentos sórdidos ela desliza

E ao tocá-la onde menos imagina
Sinto a vontade que a expressa e suspira
De olhos fechados teu corpo em movimentos ondular
Que ao encostar ao meu sinto ele em chamas me sufocar

E em sutis elevações me deleito em ter aos meus braços
Vagarosamente aproximando-me diminuindo os espaços
Que já não existe nem entre nossos pensamentos
Pois tudo que queremos esta em um só momento acontecendo

Teus olhos quando aos poucos se abrem vejo-o brilhar
E sua boca suspirando em sussurros me chamar
Neste instante existem dois corpos em um só lugar
E dois corações com o único objetivo de se amar

ANDERSON SILVEIRA LOPES

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A TORTURA DA ESPERA

Teus olhos minha inspiração
Seus lábios meu fascínio e conspiração
Teu sorriso o enigma que tanto procuro
E que se esconde dentro do meu próprio ímpeto e obscuro

Procuro seu semblante em cada rosto e lugar
E por mais que o tempo passe não canso de procurar
Meu coração não desiste mesmo cansado de esperar
Meus pensamentos e minha vida é o que tenho para te dar

Morreria por um beijo seu ou apenas um segundo ao lado teu
Mas voltaria se soubesse que o amor seu é verdadeiro igual ao meu
Olho para as estrelas e imagino desenhando o seu rosto
E faço das curvas das ondas do mar o esboço do seu corpo.

A espera é uma tortura como um escravo ao tronco
E o sangue que corre é o que torna vivo todo o meu esforço
Pois o desejo de seus lábios tocar e seu corpo acariciar
É o que me faz quase morto em lagrimas ressuscitar

ANDERSON SILVEIRA LOPES

NÃO DEIXO VOCÊ PARTIR As vezes não sei o que faço e também não sei o que fazer Queria correr até seus braços e nos seus braços adorm...